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sábado, 18 de setembro de 2010

AMOR PERFEITO


Não existe amor perfeito, se o coração não é perfeito.
Amor não se pesa, não se mede, não se avalia. Não se dá, não se perde,
não se rouba.
O amor sozinho é suficiente a si mesmo.
O que nos resta é a nossa capacidade para entendê-lo, acolhê-lo e tomarmos conta dele sem que possamos alterá-lo na nossa vida de alguma forma.

O amor se oferece a nós gratuitamente, como todo dom. Mas questionamos sempre.
E tropeçamos nas nossas pernas tentando moldá-lo ao nosso jeito, à nossa visão, à nossa vontade como se ele fosse uma coisa qualquer que pudesse ser modificada.

Somos pequenos e o amor é grande; somos pequenininhos e o amor é imenso,
rico, cheio de mistérios e felicidades que nem podemos imaginar que existam.
E perdemos o amor porque perdemos a razão dele. Perdemos, porque perdemos o
senso de nos contentar com o que ele pode nos oferecer. Perdemos, porque
exigimos demais, cobramos demais, sufocamos demais.

Ser feliz no amor é guardar a capacidade de vê-lo feliz.
Se fazemos dos nossos braços uma prisão em nome do amor, a quem fazemos feliz?
Com nossa insaciável sede de querer ter sempre mais do que a vida nos oferece acabamos sem nada, porque não soubemos valorizar o pouco, mas verdadeiro, que recebemos. Jogamos fora com nossas mãos o que nelas foi colocado para ser bênção. E tudo isso porque somos humanos, seres feridos e cheios de cicatrizes, sangrados e machucados pelos percalços da vida.

Mas quando amamos muito uma pessoa, precisamos aprender a deixar a própria dor de lado de vez em quando, para estar do lado da pessoa amada, principalmente se sabemos que essa pessoa está ferida também.

E não é bom questionar o amor, mas vivê-lo; porque o amor em si, mesmo imperfeito, já é um presente sem preço.

autor: Letícia Thompson

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